Zema compara Rio com Gaza, diz que cidade está em guerra e determina reforço policial na divisa do estado

  • 29/10/2025
(Foto: Reprodução)
Após megaoperação, Zema compara Rio com Gaza e diz que cidade está em guerra O governador de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência em 2026, Romeu Zema (Novo), fez críticas ao governo federal após a megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou ao menos 121 mortos nesta terça-feira (28). Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele comparou a capital do RJ com a Faixa de Gaza e disse que a cidade está em guerra. Em outra filmagem, divulgada à imprensa, o governador de MG disse ter exigido reforço das forças de segurança na divisa do estado (leia mais abaixo). "Eu olho aqui para essas cenas de terror no Rio e parece que eu estou olhando para as cenas da guerra lá da Faixa de Gaza. Até drone com granada os traficantes usaram. O que está acontecendo lá no Rio é um absurdo", declarou. ✅Mande sua denúncia, reclamação ou sugestão para o g1 Minas e os telejornais da TV Globo Na publicação, Zema também afirmou que o presidente Lula (PT) tem se recusado a enviar blindados para garantir proteção aos policiais envolvidos nas ações. Além disso, criticou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, por, nas palavras dele, atacar o governador Cláudio Castro (PL) em vez de oferecer ajuda. "Mais uma vez, as forças policiais de um estado tem de enfrentar sozinhas essas facções terroristas. Mais uma vez, o ministro do Lula, em vez de ajudar, vem criticar o governador do Rio por ter enfrentado o Comando Vermelho", completou. Zema ainda repercutiu a recente declaração de Lula sobre os traficantes serem "vítimas dos usuários de drogas". O presidente virou alvo de uma polêmica ao falar sobre o enfrentamento às drogas durante entrevista à imprensa em Jacarta, na Indonésia, na semana passada (veja mais abaixo a reação do governo federal). "O Lula acabou de dizer recentemente que os traficantes são vítimas dos usuários. Será que você concorda com isso? As facções estão tomando conta do Brasil, e está na hora de a gente dizer chega, basta", concluiu. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Reforço policial em MG perto do RJ Em um outro vídeo, divulgado nesta quarta-feira (29), Zema afirmou que o Rio de Janeiro não produz armas e drogas, que, segundo ele, chegam ao Brasil por falta de vigilância adequada das fronteiras. "Me parece que nós, governadores, temos carregado o ônus do governo federal, que não faz essa vigilância adequadamente. E, quando é convocado a participar de uma operação de combate ao crime organizado, se nega a mandar ajuda", disse Zema. Ele também afirmou ter determinado reforço policial em MG perto do RJ. "Aqui em Minas já determinei reforço e prontidão das nossas forças de segurança, principalmente na área mais próxima ao Rio de Janeiro, para que o estado [de MG] não seja afetado", completou. Junto a outros governadores de direita e centro, Zema participou de uma reunião remota nesta quarta para discutir a megaoperação no Rio. Uma comitiva com chefes do Executivo deverá viajar até a cidade como forma de apoiar Cláudio Castro. LEIA TAMBÉM: Lula diz que traficantes 'são vítimas dos usuários de drogas' e que seria 'mais fácil' combater viciados Governo do RJ confirma 121 mortos em megaoperação; moradores retiram dezenas de corpos de mata Troca de acusações A megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha foi considerada a mais letal da história do estado. Após a ação, houve troca de acusações entre o governador do RJ, Cláudio Castro, seus aliados e o governo federal. De um lado, Castro afirmou que estava "sozinho" no enfrentamento ao crime e que a gestão do presidente Lula se recusou a ajudar com blindados em outras ocasiões. Do outro, o Palácio do Planalto respondeu que nunca recebeu pedido formal de GLO, mecanismo necessário para colocar o Exército nas ruas do Rio, e que as Forças Armadas só poderiam atuar mediante decreto presidencial. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o caso no Rio de Janeiro foi uma "operação extremamente cruenta (com muito sangue derramado) e violenta". "É muito importante que se diga que a responsabilidade da segurança pública é dos governos estaduais. Com a PEC da Segurança Pública queremos inverter essa operação, queremos fazer com que todas as forças colaborem entre si, mudar esse panorama", completou Lewandowski. Escritório emergencial e fala de Lula Na noite de quarta, ao lado do governador do RJ, Cláudio Castro, Lewandowski anunciou a criação de um Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado. O núcleo será organizado pelo secretário de segurança do Rio, Victor Santos. Em sua primeira manifestação pública sobre o caso, também na noite desta quarta, o presidente Lula afirmou em post nas redes sociais que "não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias". "Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco", declarou. Lula também defendeu uma maior integração entre as polícias e entre os governos estaduais e a União para o combate à violência. Como foi a megaoperação, segundo a polícia O governo do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira (29) 121 mortos na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho. Foram 4 policiais e 117 suspeitos, de acordo com o secretário da Polícia Civil, o delegado Felipe Curi. Os policiais começaram a operação entrando no Alemão, segundo a PMRJ. Em seguida, no Complexo da Penha, a estratégia foi seguir traficantes e levar os criminosos pela trilha de mata até o ponto mais alto, na Serra da Misericórdia. Já na Serra da Misericórdia, policiais do Bope, que estavam posicionados no topo formaram uma espécie de 'muro' para cercar os bandidos que tinham sido empurrados até lá. "Distribuímos as tropas pelo terreno. O diferencial, em relação às imagens que mostravam criminosos fortemente armados buscando refúgio na área de mata, foi a incursão dos agentes do Bope na parte mais alta da montanha que separa as duas comunidades. Essa ação criou o que chamamos de 'muro do Bope' — uma linha de contenção formada por policiais que empurravam os criminosos para o topo da montanha", detalhou o secretário da PMRJ, Marcelo de Menezes. Conforme a polícia, a grande maioria das mortes teria acontecido neste local de mata, numa região mais alta da Serra da Misericórdia. Segundo Menezes, a ação de "encurralar" os criminosos teve como principal objetivo proteger a população. "O objetivo era proteger a população e garantir a integridade física dos moradores do Alemão e da Penha. A maioria dos confrontos, ou praticamente todos, ocorreu na área de mata", garantiu o secretário, frisando que o confronto se iniciou às 6h e terminou às 21h. Infográfico - Operação Contenção no Complexo da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro Arte/g1 LEIA TAMBÉM: Entenda o que é GLO e por que o termo voltou a ser discutido após operação no RJ Moradora obrigada a filmar rendição, 'monte' de fuzis, bombas em drones, cariocas a pé: as imagens da megaoperação no Rio Cúpula do Comando Vermelho é transferida para cadeia de segurança máxima no Rio antes ser levada a presídio federal Após megaoperação, Zema compara Rio com Gaza e diz que cidade está em guerra Reprodução/Redes sociais

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/10/29/apos-megaoperacao-zema-compara-rio-com-gaza-e-diz-que-cidade-esta-em-guerra.ghtml


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