Polícia Civil de MG apura possível esquema de desvio de armas por servidores em delegacia de BH
08/11/2025
(Foto: Reprodução) Delegacia de Polícia Civil do Barreiro, onde o caso foi registrado.
Thiago Phillip/TV Globo
A Polícia Civil de Minas Gerais apura um suposto esquema de desvio de armas de fogo por parte de servidores lotados na 1ª Delegacia do Barreiro, no bairro Jardinópolis, em Belo Horizonte. A instituição ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
De acordo com interlocutores ligados à polícia e ouvidos pelo g1, as armas haviam sido apreendidas em ocorrências diversas e foram sendo subtraídas aos poucos ao longo dos últimos meses.
A corporação ainda contabiliza a quantidade total de artefatos desaparecidos, mas essas fontes afirmam que “são muitas”.
O suposto esquema foi descoberto após a apreensão de uma arma em uma ocorrência de rotina registrada em Contagem, ainda segundo esses interlocutores.
Quando os policiais foram registrar o artefato apreendido, constataram no sistema que a arma já havia sido confiscada anteriormente pela polícia e deveria estar sob a guarda da instituição.
Diante da inconsistência, os agentes fizeram uma checagem das armas apreendidas na unidade e constataram que outros artefatos também haviam sido desviados.
O g1 procurou a Polícia Civil e o governo de Minas Gerais para uma manifestação, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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Central de Custódia
O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol) alega que o caso é consequência da ausência das Centrais de Cadeia de Custódia no estado.
Essas centrais foram instituídas por lei em 2019, no chamado “Pacote Anticrime”, e deveriam concentrar todos os materiais apreendidos pelas forças de segurança. Minas Gerais, entretanto, ainda não conta com nenhuma dessas unidades.
“Fato muito grave, porque essas armas não deveriam estar na delegacia. Até hoje a Polícia Civil não liberou a verba para a construção dessa central, que ficaria sob responsabilidade da perícia do Instituto de Criminalística”, afirmou Wemerson Oliveira, presidente do Sindpol.
O g1 também questionou a Polícia Civil e o governo sobre essas alegações, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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