Justiça determina que médico apague postagens que associam mamografia ao câncer e proíbe novas publicações
19/11/2025
(Foto: Reprodução) Médico Lucas Ferreira Mattos
Instagram/ Reprodução
A Justiça Federal determinou que o médico Lucas Silva Ferreira Mattos apague todas as postagens em que dizia que a mamografia causa câncer de mama e sugeria tratamentos alternativos para tratar a doença.
A decisão, da 6ª Vara Federal de Belo Horizonte, também o proíbe de publicar novos conteúdos sobre o assunto até que o processo seja julgado.
A ação movida pela Advocacia-Geral da União (AGU). Segundo o juiz, as publicações do médico “não têm base científica” e podem levar mulheres a abandonar exames importantes para detectar a doença.
O magistrado destacou que a liberdade de expressão não cobre informações falsas que coloquem a saúde das pessoas em risco. Por isso, determinou que a intimação seja feita com urgência.
Na ação, a União ainda pede que o médico pague R$ 300 mil como indenização por dano moral coletivo, mas isso ainda não foi decidido.
Até o momento, a Justiça só analisou o que considerou urgente sobre o caso, a retirada as publicações e o impedimento de novas postagens. O valor será avaliado depois, quando houver decisão sobre o mérito do processo.
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Relembre o caso
Lucas Mattos, que tem registro médico em Minas Gerais e São Paulo, ficou conhecido nas redes sociais, onde tem mais de 1 milhão de seguidores.
Em vídeos publicados durante o Outubro Rosa, ele afirmou que “uma mamografia gera radiação equivalente a 200 raios-X” e que isso aumentaria os casos de câncer.
As declarações foram classificadas como falsas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e levaram conselhos de medicina a abrir investigação.
Outro caso semelhante envolve a médica Lana Almeida, do Pará, que também é investigada após dizer que “câncer de mama não existe”. Especialistas alertam que essas informações são perigosas e podem atrasar diagnósticos.
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