De sequestro em maternidade à ordem para matar ex do marido: entenda a rede de crimes cometidos por médica obcecada por ser mãe de menina

  • 05/11/2025
(Foto: Reprodução)
Médica presa por sequestro de bebê volta à cadeia suspeita de homicídio A obsessão por ser mãe de uma menina teria levado a médica Claudia Soares Alves a planejar o assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Derani, segundo a Polícia Civil. Presa nesta quarta-feira (5) em Itumbiara (GO) pelo homicídio, a neurologista já respondia pelos crimes de falsidade ideológica e tráfico de pessoas pelo caso da bebê que foi levada da maternidade de Uberlândia. Durante a coletiva de imprensa em Uberlândia, o delegado Eduardo Leal explicou que a médica tinha um desejo compulsivo de ser mãe de uma menina, mesmo já tendo um filho. Segundo ele, Claudia realizou tratamentos para engravidar e não teve sucesso. Diante disso, tentou adoções fraudulentas com documentos falsos e ainda tentou comprar uma recém-nascida na Bahia. Agora, Claudia é suspeita de ser a mandante do assassinato de Renata Derani, crime que teria sido motivado pelo desejo de assumir a guarda da filha da vítima. O g1 tenta contato com a defesa dela. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp Ainda conforme o delegado, na casa da investigada, a Polícia Civil encontrou um quarto pintado de rosa, com várias roupas de criança pequena, um berço e uma bebê reborn dentro. "Tudo isso corrobora justamente de que ela é capaz de tudo para conseguir o seu intento, que seria ser mãe de uma criança, de uma menina. Inclusive nessa data, no cumprimento da busca, nós verificamos que ela, na casa dela, possui um quarto todo pintado de rosa, com diversas coisas rosas de uma criança, com berço e como se estivesse dormindo nesse berço. Realmente você vê que é uma pessoa totalmente desequilibrada", disse Leal. Claudia estava solta desde março, respondendo aos crimes em liberdade, e chegou a ser demitida da UFU, onde mantinha cargo de docente. O delegado regional da Polícia Civil, Gustavo Anai, destacou que a operação é resultado do trabalho iniciado ainda em 2020, quando surgiram denúncias ligando a médica a outros crimes após o sequestro na maternidade da cidade. "Quando da data do sequestro do bebê, ficou evidente que aparecendo diversas denúncias sobre outros crimes cometidos por essa médica, e um deles seria esse homicídio. Então, a partir daí, através das investigações, através de um trabalho de inteligência e investigação qualificada da Polícia Civil, com compartilhamento de informações também com a Polícia Civil de Goiás, culminou com a operação de hoje, efetuando a prisão desses três indivíduos", informou. Além da médica, foram presos temporariamente outros dois suspeitos de participação no assassinato. Eles são pai e filho e seriam vizinhos de Claudia. Os três foram transferidos para Uberlândia, onde ficarão à disposição da Justiça. As investigações seguem para apurar a participação dos dois suspeitos no crime. A Polícia Civil também vai avaliar a necessidade de prorrogar as prisões temporárias ou convertê-las diretamente em preventivas, com o devido indiciamento dos envolvidos. Vítima percebeu comportamento da médica De acordo com as investigações, a médica teria se casado com o ex-marido de Renata. No entanto, o relacionamento durou apenas dois meses, pois o homem decidiu se separar ao perceber que Claudia apresentava comportamentos compatíveis com um possível transtorno de personalidade. Além disso, ele notou que a neurologista demonstrava um forte desejo de assumir a maternidade da filha menor que ele tinha com sua ex-esposa, o que gerou preocupação e desconforto. Renata, ao perceber que a médica se tratava de uma pessoa perigosa e emocionalmente instável, proibiu a filha de manter contato com o pai sempre que ele estivesse na companhia da nova esposa. Após o fim do casamento, surgiram indícios de que a médica teria planejado e mandado matar a vítima, com o intuito de retomar o relacionamento e, principalmente, pelo desejo de assumir o papel de mãe da menina. LEIA TAMBÉM: Após 1 anos e dois meses, médica que raptou recém-nascida no hospital é demitida da UFU 'Enganou os guardas, todo mundo', diz pai da bebê recém levada por Claudia Mulher sequestra bebê e criança é encontrada quase 850 km de onde nasceu Farmacêutica assassinada no Roosevelt pediu para não ser morta Renata Bocatto Derani, de 38 anos, foi morta a tiros por volta das 7h da manhã do dia 7 de novembro de 2020, quando chegava para trabalhar em uma farmácia na Avenida Cesário Crosara, no Bairro Presidente Roosevelt. O autor dos disparos fugiu em uma moto após atingir a vítima com pelo menos cinco tiros no tórax, pescoço, ombros e nádegas. Uma câmera de segurança mostrou o assassino abordando Renata antes dos tiros (veja abaixo). Vídeo mostra criminoso abordando funcionária de farmácia antes de homicídio em Uberlândia Segundo relato de uma testemunha na época do crime, o autor atirou uma vez, a vítima ergueu os braços pedindo para que ele não atirasse, mas ele fez outros dois disparos, ela caiu e, no chão, foi atingida por mais um tiro. Ainda de acordo com a testemunha, a ação foi muito rápida e todos os funcionários estavam esperando para trabalhar. Após os disparos, as testemunhas correram e se protegeram em um supermercado que fica próximo à farmácia. Antes de fugir, o criminoso deixou uma sacola com objetos e uma carta com conteúdo ofensivo à honra da vítima. Na época, a Polícia Civil não descartou crime passional e ouviu pessoas próximas, incluindo o ex-marido. A vítima não havia registrado ameaças recentes e era considerada uma pessoa idônea, segundo familiares. Renata deixou a filha de 9 anos. Médica Claudia Soares Alves, presa por sequestrar bebê, foi presa novamente em Goiás Polícia Civil/Divulgação Claudia Soares Alves, de 42 anos, é a médica suspeita de raptar um bebê em Uberlândia, Minas Gerais,foi presa em Goiás Reprodução/Redes Sociais Quarto rosa com bebê reborn na casa de médica presa em Itumbiara, suspeita de mandar matar farmacêutica de Uberlândia Polícia Civil/Divulgação VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2025/11/05/de-sequestro-em-maternidade-a-ordem-para-matar-ex-do-marido-entenda-a-rede-de-crimes-cometidos-por-medica-obcecada-por-ser-mae-de-menina.ghtml


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