Custo por quilômetro do transporte público em BH deve cair em 2026, enquanto tarifa e repasses às empresas vão subir
31/12/2025
(Foto: Reprodução) Lotação em ônibus municipal de BH
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Em 2026, o custo por quilômetro rodado do transporte coletivo por ônibus em Belo Horizonte deve ter uma leve queda de 0,05%, segundo projeção da Superintendência de Mobilidade (Sumob). Apesar disso, a tarifa cobrada dos usuários vai subir, e o gasto público com subsídios às empresas também será maior. Ao todo, serão repassados R$ 756,9 milhões.
De acordo com portaria publicada no Diário Oficial do Município nesta quarta-feira (31) e em relatórios técnicos, o aumento do subsídio é explicado principalmente pelo maior número de viagens previstas para o próximo ano.
A quilometragem total deve passar de 153,3 milhões para 157,9 milhões de quilômetros, um acréscimo de 3%.
Além de mais viagens, a PBH diz que a gratuidade aos domingos e feriados reduz a arrecadação tarifária e amplia a necessidade de complementação com recursos públicos.
O g1 questionou a prefeitura se o reajuste da tarifa tem relação direta com essa gratuidade, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Passagens do transporte metropolitano e de BH vão ficar mais caras
Maior custo, maior tarifa, maior subsídio
Com essas condições, o custo anual do sistema convencional (maior parte das linhas) deve crescer de R$ 1,85 bilhão para R$ 1,90 bilhão.
Segundo informações técnicas da prefeitura, o valor total do subsídio deve alcançar R$ 756,9 milhões em 2026, um aumento de 7,4% em relação a 2025.
Desse total, R$ 736,8 milhões serão destinados ao sistema convencional, e R$ 20 milhões, ao suplementar. Em 2025, os valores foram de R$ 690,3 milhões e R$ 14,4 milhões, respectivamente.
Outro fator apontado pela prefeitura é a recomposição de custos operacionais, como salários, encargos e insumos, que pressionam as despesas das empresas.
Mesmo com o reajuste da tarifa, que passa de R$ 5,75 para R$ 6,25 em 1º de janeiro, a perda de receita causada pelas gratuidades e o aumento da produção de viagens justificam, segundo o órgão, o crescimento do subsídio.